EFT SILVANAPRADO

Artigos, vídeos e MP3 sobre a técnica EFT, uma acupuntura sem agulhas que de maneira simples e rápida muda os programas internos que causam infelicidade. Aprenda a ser feliz!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

EFT RELACIONAMENTOS: VOCÊ, EU E NOSSO PASSADO

Artigo baseado no trabalho de Lindsay Kenny 

Quando hoje em dia olhamos pessoas em relacionamentos, percebemos que existe alguma coisa muito errada com elas.

Levando em conta as estatísticas, 50 a 60% dos casamentos fracassam. Uma grande quantidade de pessoas que vejo casadas fica na relação por medo: de ser punida por Deus, de ficar só, de ter de dividir o dinheiro, e aí por diante.

Outra estatística marcante é que 50% das mulheres hoje em dia estão sozinhas. Tem mulher demais, homem de menos. Mas é também fato que a mulher hoje é muito mais exigente. Ela trabalha, toma conta de si mesma, e se tiver um pouco de autoestima não vai entrar numa relação com uma pessoa que somente trará problemas para ela. Isto é uma grande conquista para nós.


O desequilíbrio é realmente assustador, e me faz pensar num texto de Eric Fromm, autor do livro A arte de amar, que, publicado pela primeira vez em 1956, já afirmava: “Esta crença – que amar é fácil – continua a ser considerada verdadeira, ainda que evidências gigantescas demonstrem que a afirmação não é real. Existem raras atividades que se iniciam com tanta esperança e expectativa, e que falham tanto como o amor”. Eric Fromm recomenda que aprendamos a amar como se aprende a tocar um instrumento ou se aprende uma profissão: a conhecer a teoria e depois a prática.

No meio de tanta infelicidade e falsa felicidade, ouvi diversas palestras sobre relacionamentos e como o EFT pode ajudar. As ideias são diferentes de quase tudo que já li e vale a pena conhecer os pensamentos dos experts em EFT, como Lindsay Kenny, Carol Turtle e outros.

A maneira como levamos nosso relacionamento vai depender muito do nível de estresse que estamos vivendo e também de como nosso corpo reage de maneira automática ao parceiro devido a programas instalados em nós desde nossa infância.

No início da relação, somos inundados por nossas emoções, muitas delas geradas por nossa necessidade de sobrevivência. Quando conhecemos alguém e temos uma reação imediata, nosso rosto fica vermelho, sentimos o coração disparar e uma sensação maravilhosa. Pensamos: - Aquela pessoa me causou este sentimento de felicidade, plenitude, e eu quero estar perto dela porque me faz sentir maravilhosa(o)!  Uau, fantástico.

Mas se olharmos biologicamente – o que provavelmente aconteceu foi o seguinte: o seu olfato sentiu a cheiro da outra pessoa, e seu instinto percebeu que ele (ou ela) é a pessoa com genes perfeitos para que possam procriar e perpetuar a espécie humana. Você já percebeu como os animais cheiram uns aos outros? Estão usando o mesmo instinto. Então o corpo libera o hormônio ocitocina[1] para que, quando estiver perto desse parceiro, queira estar junto dele, abraçar, fazer sexo o tempo todo. Em termos comparativos, a quantia é equivalente a uma dose de heroína injetada no corpo, que causa também grandes mudanças psicológicas.

Mas depois de algum tempo (no geral de seis meses a um ano), estes agentes químicos param de ser produzidos e é quando nos perguntamos: – Onde eu estava com a cabeça quando escolhi ficar com esta pessoa???
Por sinal, o olfato, a capacidade de sentir o cheiro das coisas, é nosso sentido mais forte, e até hoje o único sentido que não conseguiram replicar numa máquina.

Então queremos olhar relacionamentos muito como se fosse algo somente mental, quando, na verdade, grande parte de nosso relacionamento é guiado por nossa biologia, pelas reações químicas que estamos tendo. Após a queda da ocitocina não nos sentimos mais atraídos e enfeitiçados pelo parceiro, e é então que nossa capacidade de se relacionar verdadeiramente é exigida.

O EFT consegue fazer duas coisas: primeiro ajudar nessas mudanças de hormônios e também ajudar a nos acalmar para conseguirmos gerenciar o estresse, as diferenças, os desapontamentos trazidos pela relação. Quando percebemos que nossa paixão pode ser resultado de nossa biologia e não um encontro espiritual, podemos ter muito mais controle sobre como escolher nossos parceiros.

Lembro-me de ter sentido há algum tempo esse tipo de paixão e eu sabia que não iria durar; ele e eu somos muito diferentes. Com maturidade conseguimos não nos envolver e até hoje somos amigos, porque temos muito em comum para ser amigos, mas não parceiros numa relação.

Então primeiro você poderá, num momento de briga, fazer o EFT, porque cientificamente é provado,  que a técnica diminui hormônios de estresse que nos tiram a capacidade de raciocinar claramente e depois nos ajuda a controlar aquele sentimento de paixão irresistível, também causado por hormônios, porque muitas vezes, vemos que a relação é impossível e não conseguimos resistir e entramos numa relação que só nos trará sofrimento e decepção.

Assim podemos usar o EFT antes de entrar na relação e depois quando passa a paixão e ficamos com a pessoa real. É após este período que os conflitos aparecem, brigas pelo poder, as diferenças que existem entre os parceiros e parecem inconciliáveis.

É muito difícil manter uma relação em longo prazo sem ter uma técnica de gerenciamento de estresse para navegar pelos tempos turbulentos de conflitos.

O QUE FAZER NA HORA DA BRIGA?
Sabemos que, mediante uma situação de estresse, ocorre constrição dos vasos no cérebro, isto é, o sangue é retirado e direcionado para partes que vão necessitar dele, que nos ajudarão a fugir ou lutar, ou seja, braços e pernas. Na verdade, é uma reação também que ajudou a perpetuar as espécies. Isto porque se você estivesse na frente de um tigre, não teria de pensar nada, teria apenas de correr ou enfrentar o animal, então precisaria de agilidade ou da força bruta. O fato é que você passa a pensar de maneira ruim (emburrece). Infelizmente, ainda hoje o corpo escolhe reagir da mesma maneira, ainda que não haja nenhum tigre na sua frente. Então, diante de um quadro de estresse, péssimas decisões são tomadas (lembre-se de que ficou pouco sangue no cérebro) e fazemos coisas de que nos arrependeremos para sempre, fruto de reações físicas que não tivemos recursos para dominar.
Quando você faz o EFT, seu estresse diminui na hora (e de maneira rápida), o sangue volta a fluir no seu cérebro e assim poderá tomar decisões de maneira calma e equilibrada.

GATILHOS
Sabemos que parceiros e até filhos conseguem perceber e ativar nossos botões de estresse. É a indiferença do marido quando a mulher quer discutir algo, ou ela dizer para ele que é um fracassado e poderia ter se casado com o fulano que hoje é bem-sucedido. Cada pessoa aprende a machucar o outro de sua forma. Mas como lidar com esses gatilhos?

Em vez de responder com raiva, se conseguir fazer uma ou mais rodadas de EFT, conseguirá desativar o fio que está atrás do botão do estresse e aí qualquer pessoa poderá fazer ou falar o que quiser que não haverá resposta estressante. A pessoa diz algo que irrita, mas não há aquela reação altamente estressante causada, no geral, por coisas que aconteceram há muito tempo, talvez na infância da pessoa, e ela aprendeu a responder daquela forma ao estresse e continua repetindo mesmo não sendo a mesma situação.

Quando a pessoa está menos estressada haverá uma chance muito maior de não ver a reação do outro como punitiva e assim aceitar também a maneira de agir do parceiro. Isto que mudará toda a dinâmica da relação.

No próximo mês falarei sobre como o EFT pode ajudar a encontrar um relacionamento que valha a pena ser vivido.

COMO FAZER O EFT?
Quando fazemos o EFT para melhorar o nosso relacionamento, o trabalho é feito para que haja mudanças em nosso comportamento, nada a ver com o outro. Não temos poder de mudar o outro, ainda que exista a possibilidade de fazermos o EFT como se fôssemos o parceiro.
A melhor maneira é pensar numa briga que sempre acontece, e lembre-se de uma que considera ter sido a pior do relacionamento.

Sinta que emoção é mais forte neste momento em que se lembra. Raiva, mágoa, não aceitação, talvez vergonha porque passou dos limites.

Depois veja onde em seu corpo você sente esta emoção. Por exemplo, sinto esta raiva no meu estômago. Sinto esta mágoa no meu coração.

Pense em todos os aspectos do evento, as palavras, as expressões faciais, o tom da voz (seu e de seu parceiro) e avalie de 1 a 10, sendo 1 quando a emoção é pouca e 10 quando foi o máximo da emoção.
Escreva num papel o nome da emoção predominante, os detalhes do momento, como expressões faciais, falas, etc. e o nível da emoção. Porque às vezes as mudanças são tão rápidas que depois podemos não nos lembrar do que sentíamos.

Vamos dizer que houve uma briga e você ainda está com muita raiva do outro e de si mesmo.
Caso não conheça ainda as rodadas do EFT veja no blog: eftsilvanaprado.blogspot.com.br . Lá tem algumas rodadas de EFT em mp3 e você terá uma ideia melhor de como fazer as rodadas.
E comece batendo no Karate Chop, ao lado da mão conforme desenho.

E diga enquanto bate no KC, repetindo 3 vezes:
PONTO DO KARATE CHOP KC
KC - Ainda que eu sinta toda esta raiva do meu marido (esposa), me amo e me aceito completamente.
KC - Ainda que eu sinta toda esta raiva do meu marido (esposa), não acredito no que ele fez comigo, ainda assim me amo e me aceito completamente.
KC - Ainda que eu sinta toda esta raiva do meu marido (esposa), não acredito em tudo o que deixei acontecer, ainda assim me amo e me aceito completamente.

Agora batendo nos outros pontos (veja os pontos no mapa abaixo):

IS – Toda esta raiva
LO – Toda esta raiva de mim e dele (a)
AO – Sinto esta raiva em meu corpo
AN – Foi sempre assim, nada muda
AB – Eu carregando toda esta raiva
OC – Mas o que aconteceu foi indesculpável
DB- Eu sei que poderia ter reagido diferente, mas não consegui evitar
TC- Porque é sempre a mesma coisa

IS – Toda esta raiva... raiva de mim e dele (a)
LO – Estou num ciclo que nunca acaba
AO –Sempre as mesmas coisas e não consigo mudar
AN –Esta raiva dele, esta raiva de mim
AB –Não agi da maneira que poderia,
OC –E acabei piorando a situação
DB- Apesar de tudo escolho me amar e me honrar
TC- Estou fazendo o melhor que posso neste momento




IS – Mas sei que não é mais o suficiente
LO – Preciso mudar, esta raiva não me ajuda em nada
AO – Não acredito nas coisas que disse
AN – Depois de todo este tempo continuo fazendo as mesmas coisas...
AB –Toda esta raiva, talvez não seja raiva,
OC –Talvez seja ________________ (medo, tristeza, desapontamento)
DB- Amo esta pessoa e quero ficar nesta relação
TC- Preciso aprender como reagir diferente!
Meça novamente sua emoção. Tenho certeza que terá mudado alguma coisa.
No nosso blog terá uma rodada completa no meio de abril.
Boa sorte.

 No mês de maio o artigo será para pessoas que estáo buscando um relacionamento e incluirá um video.






[1]  Ocitocina é um hormônio presente no corpo do homem e da mulher, popularmente conhecido como hormônio do amor

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