Comentários sobre o trabalho de Julie
Schiffman
Por: Silvana Prado
Nada
pode estragar o seu dia como uma dor de cabeça. Mais ou menos 45 milhões de
americanos sofrem de dores de cabeça crônicas, sendo que 28 milhões sofrem de
enxaquecas. No Brasil não sei se existem estatísticas.
Os
resultados do EFT para dores de cabeça e enxaqueca, são excelentes. Julie tem
trabalhado com centenas de pessoas que sofreram deste problema, alguns sofrem
há anos, outros há décadas.
Existem
diversos tipos de dor de cabeça, uma delas é causada por tensão ocasional,
sendo essa a mais comum hoje em dia, mas também existem pessoas que sofrem de
terríveis dores como a enxaqueca e cefaleia, e estas dores as debilitam, pois,
podem durar dias.
A
maioria das pessoas simplesmente toma medicação, um analgésico ou algo
parecido, e não percebe que não tem de sofrer com a dor; poderiam evitá-la ou
diminuí-la e a maneira de fazer isto é ouvir o que seu corpo está falando. Uma
vez que seja feita uma abordagem física que trata também os componentes
emocionais, no geral a dor desaparece.
Existem três maneiras diferentes
que podemos usar EFT para a dor:
1.
Uma é fazer o EFT (tapping) quando a dor aparecer.
2.
Outra maneira é fazer o tapping antes dela acontecer, porque algumas pessoas
sofrem de dor de cabeça cíclicas. O que isso significa: basicamente, é que elas
sabem, devido a alguns sinais, como mudança no tempo, mudança hormonal, quando
a dor vai começar. Sendo este o caso podem, todo mês, um ou dois dias antes,
fazerem o EFT, para não deixar a dor aparecer.
3.
A terceira maneira é fazer EFT para a ansiedade antecipatória causada pelo medo
da dor, como é o caso de quem sofre de enxaqueca.
A
maioria das pessoas que vejo, quando vem ao meu consultório, não está sentindo
dor. Elas chegam e dizem:
“Estou sofrendo dessas dores de cabeça e percebi é que acontecem durante a TPM.”
Ou “Eu noto que quando estou comendo certos alimentos que tenho dores de
cabeça.” ou, “Quando estou sob muito estresse tenho dores de cabeça.”
Então,
vamos falar sobre essas crenças, ou vamos abordar as coisas que o paciente sabe
que são gatilhos, e, assim, criar um estado de equilíbrio, porque, no geral, o
paciente só se concentra em como é horrível a dor.
Entendo
que às vezes é complicado para as pessoas aceitarem que existe um componente
emocional, então ensino a elas a fazerem EFT para os sintomas do momento, pois,
sabem exatamente o que está acontecendo. E peço para serem o mais específicas possível. A maioria das pessoas diz: “Eu não sei o que
falar quando faço EFT em casa”.
Aconselho
que imaginem que estão falando com o seu médico. Faça de conta que você está
falando com sua melhor amiga, sua mãe, seu cônjuge. Porque as pessoas gostam de
falar sobre como se sentem, quando se trata de dor. As pessoas gostam de
reclamar, querem alguém, sentindo solidária com elas.
Então,
tente ser realmente específico. Primeiro é preciso reconhecer onde ela está
localizada, como ela começa. As pessoas sabem descrever exatamente onde a dor começa,
algumas dizem: “É do lado
direito.” “Está no meu
olho direito, e parece que alguém está furando meu olho”. Então você quer ser específico. Às
vezes é no topo da cabeça, é sobre as sobrancelhas, esse tipo de coisa.
Em
seguida descreva a dor exatamente como ela é. E as pessoas normalmente
descrevem da seguinte forma: “É latejante, parece uma faca sendo enfiada na
minha cabeça, batidas dentro da cabeça, pressão, agulhadas”. Esses são
apenas alguns exemplos, pois todo mundo tem sua própria maneira de descrever.
A próxima coisa a fazer é avaliar a dor. eu sempre
recomendo que as pessoas usem uma escala, avaliem a dor de 0 a 10, sendo 10 o
maior nível de dor e 0, é claro, sem dor.
E esta parte é muito importante para poder comparar no
final de cada rodada. Se o paciente diz que a dor está no nível 8, e você faz uma rodada e cai para 7, então você sabe que não houve
quase mudança, então talvez a abordagem não esteja correta. Agora, se a dor
desceu para 3 ou 2, o caminho está certo.
Apenas
para recapitular, a primeira coisa que temos que fazer é sermos específicos
sobre onde a dor está localizada! Usar as próprias palavras do paciente e, em
seguida, avaliar o nível da dor. Quanto mais específico for, melhores
resultados vai obter.
SEQUENCIA PARA DOR PUBLICADA NO JORNAL MENTE LIVRE. www.apoiar.org.br